terça-feira, 6 de novembro de 2018

Fichamento: Capítulo 7 - Organização de ambientes


BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Por amor e por força: rotinas na educação infantil - Porto Alegre: Artmed, 2006. 

1.0 Conceitos
1.1 Ambiente
"é um espaço construído, que se define nas relações com os seres humanos por ser organizados simbolicamente pelas pessoas responsáveis pelo funcionamento e também pelos seus usuários." (p.119)

  • O ambiente é um mediador cultural, assim, contribui para a formação dos esquemas cognitivos das crianças.
1.2 Espaços
"O espaço físico é o lugar do desenvolvimento de múltiplas habilidades e sensações e, a partir da sua riqueza e diversidade, ele desafia permanentemente aqueles que o ocupam. Esse desafio constrói-se pelos símbolos e pelas linguagens que o transformam e o recriam continuamente." (p. 120)

  • Os espaços são construídos sócio-historicamente, ou seja, foi construído e ainda é construído pelos seres humanos de todas as idades.  
  • É no espaço físico concreto, segundo a autora, que as crianças pequenas, principalmente bebes, começam a experimentar as sensações. 

1.3 Relação do espaço com o ambiente

  • O espaço e o ambiente são conceitos diferentes, porém eles não devem está separados, pois em um mesmo espaço físico podem ser criados diferentes ambientes.  
  • Podemos considerar os espaços e o ambiente como o segundo educador. 
2.0 A importância
 "A importância do espaço na educação das crianças pequenas é ampliada quando se leva em consideração que a jornada diária nesses lugares é, muitas vezes, equivalente seu horário de vigília." (p.121)
"Segundo Piaget, antes de 3 anos, as crianças por ele pesquisadas não possuíam duas referências fundamentais, que são as de eixo e de distancia. A partir dos espaços vividos, elas vão estruturando as relações topológicas o espaço percebido, as relações projetivas e, finalmente, os espaços concebidos que levam às relações euclidianas." (p.121)

  • A fala de Piaget fundamenta o que foi comentado anteriormente sobre o espaço ser considerado um segundo educador, uma vez que é a partir da interação que a criança tem com o meio que ela desenvolve inúmeras funções psicológicas. 
  • A autora também ressalta que o espaço sozinho não educa e não estimula, mas o que vai desenvolver é a intencionalidade pedagógica proposta por meio de uma rotina. 
3.0 A organização do espaço 
"A organização do ambiente traduz uma maneira de compreender a infância, de entender seu desenvolvimento e o papel da educação  do educador" (p.122) 

  • Quando organizamos os espaços traduz os objetivos que queremos atingir, além de mostrar quais são valores e as aprendizagens que o educador considera com mais importantes para o desenvolvimento integral da criança
  • Foi criando um mito a respeito da organização desses espaços de educação infantil, no qual se afirma que para construção de espaços caros, complexos e bem elaborados. Entretanto, não é necessário coisas caras para estimular a imaginação da criança. 
  • A organização deve pensada em refletir também as características das comunidade que envolve a instituição. Os devem ser democráticos. 
4.0 Espaços visitados 
  • A autora discorre sobre inúmeras creches que visitou, no brasil e em diversos países da Europa. Mostrando o que percebeu na instituições privadas e publicas brasileiras e estrangeiras. 
  • Considerei interessante o que a autora trás sobre o trabalho da limpeza no exterior e no Brasil: 
"As crianças europeias aprendem desde cedo a cuidar da limpeza e do ambiente. Os serviços gerais são terceirizados, e as salas são limpas apenas uma vez por dia. Assim, as crianças organizam os pratos usados, varrem, passam um pano úmido nas mesas e limpam o chão [...] A cultura brasileira, com muitos vestígios escravocratas, faz com se tenha sempre uma adulto limpando as salas."


 5.0 conclusão 
"Deixar o espaço suficientemente pensado para estimular a curiosidade e a imaginação da criança, mas incompleto o bastante para que ela se aproprie e transforme esse espaço pela sua atuação"

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